quarta-feira, 2 de março de 2011

Serra abandona gravação do programa de Hebe Camargo

Os políticos lotaram a plateia de Hebe Camargo na gravação de seu primeiro programa na Rede TV!. A estrela da noite, claro, foi a presidenta Dilma Rousseff.

Em todos os blocos, Hebe referiu-se a Dilma, que falou muito de sua rotina no Palácio da Alvorada (por meio de video, em entrevista pré-gravada).

Numas principais mesas de jantar (a plateia para 500 convidados foi montada ao estilo do prêmio americano Globo de Ouro) estava o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, com dona Lu, e o ex-governador José Serra, com dona Mônica, e em outra mesa, um pouco mais ao lado, o ex-ministro José Dirceu.

Hebe:

- Olha ali o Zé Dirceu, que bom que você veio. E o Serra está bem ali ao lado dele.

Não era. Era outro careca.

Quando Hebe citou Dilma pela enéssima vez, Serra levantou-se e foi embora. Eram pouco mais de 21h30 e ainda faltava quase uma hora de gravação.

O programa vai ao ar dia 15. No video, Serra vê, mais uma vez, Dilma no telão.Do site Poder Online - IG

Veja o vídeo:

Globo é única a perder público em fevereiro

Segundo medição do Ibope, a média/dia da emissora (das 7 horas à meia-noite) caiu de 17,3 pontos (janeiro) para 15,9 pontos, média de fevereiro. Se comparada com fevereiro de 2010, a queda é ainda maior, pois a média da rede na época foi de 16,4 pontos. Cada ponto equivale a 58 mil domicílios na Grande SP.

Em fevereiro, a Record subiu sua média/dia de 7 pontos (janeiro) para 7,2 pontos. O SBT foi de 5,5 para 5,6 pontos. A Band manteve média de 2,5 pontos, e a Rede TV! passou de 1,3 pontos (janeiro) para 1,4 pontos. Nota da coluna Outro Canal

O fim do domínio absoluto da Globo

Há uma frase de Churchill: "Não se consegue a vitória apenas com recuos bem sucedidos". Vale para a manobra da Globo para anular o Clube dos 13 e negociar diretamente com os clubes os direitos de transmissão dos jogos do Campeonato Brasileiro, quando percebeu que seria derrotada pela Record em um leilão. Fez o recuo. E, agora, cadê o avanço?

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Durante 40 anos a Globo consolidou um domínio na audiência da TV aberta, em cima de alguns pilares centrais: a rotina nas novelas e o controle absoluto sobre as transmissões de futebol, sustentado por práticas anticoncorrenciais..

Para consolidar essa distorção, a Globo sempre procurou se posicionar acima dos partidos políticos. Era como se fosse o quarto poder da República.

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Quando Roberto Marinho saiu de cena e terminou a era Evandro Carlos de Andrade, cedendo lugar à inexperiência truculenta de Ali Kamel, o modelo começou a ruir.

A proverbial habilidade política da Globo cedeu lugar a fantasias de derrubar presidentes, eleger presidentes e atuar como partido político. Perdeu o status institucional. E aí aparentemente o CADE (Conselho Administrativo de Direito Econômico) foi liberado para fazer valer a lei, obrigando a uma disputa limpa pelos direitos de transmissão

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Ao longo de décadas a Globo montou uma rede de relacionamento informal, não com os clubes mas com os dirigentes, fechando os olhos para seus negócios paralelos.

Obviamente a proteção trazia implícita a mensagem de que dependeria das relações de lealdade.

A Record entrou no jogo com a ingenuidade de achar que poderia montar relacionamentos com os clubes da noite para o dia e confiar na palavra dada pelos dirigentes. Quando percebeu a extensão do jogo, e a puxada de tapete de alguns dirigentes, começou a preparar matérias de denúncias. Soou mal.

Só que o acordo com a Record – R$ 550 milhões para o Clube dos 13 – renderia R$ 42 milhões para o Corinthians. Com a proposta da Globo, cairá para R$ 20 milhões. Como os presidentes irão se explicar?

No contrato assinado com o Clube dos 13, a Record se dispôs até a dar uma vantagem de 10% para a Globo: ou seja, com até 10% de diferença, o lance da Globo poderia ser vendedor. A Globo não aceitou: queria 30%.

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Mesmo assim, não haverá como a Globo justificar a perda de receita dos clubes, caso fechem com ela.

Antes, a Globo comprava todo o conteúdo do campeonato. Agora, o Clube dos 13 decidiu que o conteúdo é dele, que o revenderá de forma segmentada, para emissoras abertas, para TV a cabo, para Internet.

Só o Portal Terra – do grupo Telefonica – parece disposto a pagar R$ 100 milhões pelos direitos na Internet; a Record mais R$ 550 milhões apenas pelos direitos para TV aberta., por apenas dois jogos por semana: um às 20:30 de quarta-feira, outro aos sábados ou domingos. E a Globo pretende pagar apenas R$ 250 milhões por todo o conteúdo, para todas as mídias.

Seja qual for o resultado, o episódio marca o fim de uma era de predomínio das Organizações Globo. Continuarão influentes, mas não mais com o poder absoluto. E cada dia de vida, pelo visto, será um dia a mais para a Record. E um dia a menos para a Globo.

Por
Luis Nassif, publicado em seu blog


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Os poderes e os limites da internet

Não faltou polêmica no debate inaugural do seminário “Internet: Acesso Universal e Liberdade da Rede”, promovido pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, no sábado (26/2), em São Paulo. Com mediação de Altamiro Borges, presidente do Barão, a discussão teve ares de um julgamento em que à Web cabia o banco dos réus.

“A internet foi construída de maneira diferente das outras mídias de massa e tornou mais fácil a articulação de ações coletivas”, afirmou o professor Sérgio Amadeu, da UFABC. Citando as “revoltas árabes” e o fenômeno WikiLeaks, Amadeu opinou que, na Rede Mundial de Computadores, o “difícil não é obter um canal para falar — mas, sim, ser ouvido”.

A essa “liberdade” — que, em tese, revelaria uma mídia altamente democrática —, contrapõe-se o domínio da infraestrutura da internet por grandes corporações. São interesses desse tipo que põem em xeque a neutralidade da rede. “Querem transformar a internet numa TV a cabo, com controle sobre as opções das pessoas. O controle técnico — que já existe — não pode se tornar controle civil, cultural, político”, protestou Sérgio Amadeu.

Já Marcos Dantas, da UFRJ, questionou o suposto poder da internet em transformar os valores e os comportamentos da sociedade. “Será que a internet muda a cultura dominante ou apenas a reforça? Que tipo de entretenimento ela está gerando?”, indagou. Para Dantas, as pessoas buscam na internet conteúdos parecidos com o que elas mesmas procuram em outras mídias, como as rádios.

“A comunidade originária da internet acreditava na neutralidade da rede e tinha certo poder, que, no entanto, não foi socialmente constituído — virou espaço político e social. Há uma massificação não para a forjar a democracia, mas para produzir comportamentos e identidades voltadas ao consumo”, diz Dantas. “O que derrubou Mubarak (o ex-presidente egípcio Hosni Mubarak) não foram as redes sociais. Foi o povo na rua e os 236 mortos. O Facebook só ajudou a comunicar.”

A deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) centrou sua exposição nas possibilidades de tornar a internet mais próxima aos cidadãos. “Não precisamos lutar por contradições falsas. É preciso trazer o debate para a conjuntura atual e lutar por uma regulamentação livre da rede”, analisou.

Na opinião da parlamentar, “à medida que cresce a democratização da rede, crescerá a repressão”, sob o argumento central da insegurança. “Hoje responsabilizam a internet por crimes como a pedofilia, que acontecem nas casas, nos clubes, nas igrejas. Pela lógica deles, teriam de instalar câmeras nas residências — e nem assim coibiriam os crimes”, sustenta Manuela. Segundo ela, “não podemos abrir mão das liberdades individuais — já consagradas na Constituição — pelo bem-estar coletivo”.

O jornalista Luis Nassif trouxe ao debate outra abordagem, ao ressaltar a força da internet — especialmente das redes sociais — como alternativa à grande imprensa. “Acabou o monopólio da informação pelo jornal, Todos os fatos relevantes tinham de passar pela velha mídia, que agora é batida de igual para igual com a rede”, comentou.

O poderio contra-hegemônico da rede impõe à blogosfera o desafio do apuro na checagem de dados. “A credibilidade da nova estrutura de informação é fundamental”, diz Nassif. De acordo com o jornalista, a internet já provocou, sim, transformações culturais. “Há uma nova mentalidade, uma renovação política, que vem da internet. Vejo ressurgir a militância, inclusive do PSDB.”

Realizado no auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, o seminário da Barão de Itararé contou com 80 participantes presentes e outros 5 mil que acompanharam a programação on-line. No final do evento, entidades da área de educação e movimentos sociais lançaram o manifesto “Banda Larga é um direito seu! Uma ação pela internet barata, de qualidade e para todos.”

Por André Cintra, publicada no novo sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé

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