
Lula diz:
- Não há hipótese de haver uma amizade mais forte...
Trajetória de José Alencar
De: tvamigospl
O comitê de arbitragem oficializou a sua posição de que as medidas adotadas pelos americanos são incompatíveis com as normas internacionais. A principal queixa brasileira é contra a metodologia conhecida como “zeroing” ou zeramento.
Por esse sistema, o governo ignora margens de dumping negativas (vendas acima do valor normal) nos cálculos totais e as contabiliza como zero. Na outra ponta, serão contabilizados apenas os casos com margens de dumping positivas (vendas abaixo do valor normal).
Essa situação contribui para que a oscilação dos preços com tempo seja considerada como comércio desleal. A OMC, contudo, avaliou o zeramento como ilegal. Os Estados Unidos terão entre 20 e 60 dias para se adequar às normas internacionais de comércio.
“O governo brasileiro espera que os Estados Unidos deem cumprimento às determinações do painel no menor prazo possível, em sinal claro de respeito às disciplinas multilaterais de comércio”, disse o Itamaraty em nota.
Além do Brasil, outros nove países (Canadá, União Européia, Japão, Equador, Tailândia, México, Coreia, Vietnã e China) já abriram contenciosos contra os Estados Unidos na OMC a respeito
Por Valor Online
Existe alguma marca na história que obteve mais mídia gratuita que o Twitter ou o Facebook? Todas as vezes que ligamos a TV, se tratando de Brasil, alguém está divulgando um perfil para interagir com o público, e a cada início de bloco algum apresentador menciona a marca Twitter. Isso acontece até no Fantástico, o horário mais caro da TV brasileira.
As mídias sociais se mostram uma força inexorável e por isso cada vez mais as empresas se adequam a essa nova realidade, porém, esse interesse das emissoras de TV vem gerando outro fenômeno: o da mídia espontânea em uma escala nunca visto antes.
Eu acho ótimo que a TV fale do Twitter e do Facebook, isso certamente vem alavancando o crescimento das mídias sociais no Brasil, porém, não podemos esquecer que se tratam de empresas que geram a maior parte de suas receitas através de publicidade, assim como as redes de televisão.
A Globo já deu sinais claros de que as mídias sociais são importantes para sua estratégia de comunicação, porém, em uma medida paradoxal a emissora está restringindo o uso das mesmas em seus espaços publicitários. Segundo o blog eutedisse, a Rede Globo encaminhou, através de suas afiliadas, uma comunicação para o mercado publicitário na qual não podem mais inserir o nome das redes sociais em seus comerciais, ou seja, se forem mencionadas as marcas Twitter ou Facebook, por exemplo, o anunciante terá de pagar por multiplicidade.
De acordo com o site AdNews, a assessoria da emissora esclareceu que não há qualquer tipo de censura às redes sociais. O fato é que muitas empresas passaram a desenvolver ações voltadas a essa plataforma, e a cada vez que palavras como “Twitter” ou “Facebook” são citadas em algum comercial, a empresa que comprou o espaço passa a divulgar, além da sua marca, a marca desses sites. É aí que está o conceito de multiplicidade. Quando isso acontece, a emissora aciona o contratante e expõe a situação. Caso ele aceite continuar com a veiculação, uma taxa de 30% é acrescentada ao preço original.
Para mim, essas barreiras impostas dificultam as ações integradas e podem afugentar os anunciantes, se tornando um caminho perigoso para a emissora. E pra você? o que acha dessa medida?
Por Ricardo de Paula, publicado no Mídias Sociais
Estamos nos referindo à censura da palavra, da expressão que é um direito humano fundamental da pessoa, do indivíduo, do cidadão. Esta censura é anterior à existência não só de Gutenberg – vale dizer, da possibilidade de se imprimir – como é muito anterior à existência da instituição que passou a ser conhecida como "imprensa" e hoje chamamos de "mídia".
A "cultura do silêncio"
No Brasil, onde a "imprensa" tardia chegou somente no século 19, lembrei-me de trecho conhecido do Padre Antonio Vieira que, em sermão pronunciado na Bahia, ainda em 1640, afirmava:
"Bem sabem os que sabem a língua latina, que esta palavra – infans, infante – quer dizer o que não fala. Neste estado estava o menino Batista, quando a Senhora o visitou, e neste permaneceu o Brasil muitos anos, que foi, a meu ver, a maior ocasião de seus males. Como o doente não pode falar, toda a outra conjectura dificulta muito a medicina. (...) O pior acidente que teve o Brasil em sua enfermidade foi o tolher-se-lhe a fala: muitas vezes se quis queixar justamente, muitas vezes quis pedir o remédio de seus males, mas sempre lhe afogou as palavras na garganta, ou o respeito, ou a violência; e se alguma vez chegou algum gemido aos ouvidos de quem o devera remediar, chegaram também as vozes do poder, e venceram os clamores da razão".
Apoiado neste diagnóstico precoce de Vieira, o educador Paulo Freire, em vários de seus escritos, fala da nossa herança colonial de "mutismo" e mais tarde da "cultura do silêncio" dos oprimidos, impedidos de ter voz, mergulhados na submissão pelo silêncio (cf. Venício A. de Lima; Comunicação e Cultura: as idéias de Paulo Freire; Paz e Terra, 2ª. ed., 1984).
Não seria essa uma forma histórica de censura na medida em que a "cultura do silêncio" nega a boa parte da população sua liberdade fundamental de palavra, de se expressar? E quem seria, neste caso, o censor?
No Brasil colonial, certamente o Estado português e os muitos aliados que se beneficiavam da opressão aos povos nativos e aos escravos africanos. A própria sociedade era também "censora", na medida em que convivia culturalmente com a exclusão de vários segmentos de qualquer participação civil. Por exemplo, as mulheres.
Silêncio como censura
Nada disso é novidade, mas certamente ajudará, sobretudo aos jovens de uma sociedade onde nascem novas formas interativas de comunicação – as TICs – a compreender a verdadeira dimensão de conceitos como censura e liberdade de expressão.
Nessa nova sociedade-rede, uma forma disfarçada de censura é o silêncio da grande mídia em relação a determinados temas. Considerando que a grande mídia ainda é a principal mediadora e construtora dos espaços públicos, um tema deliberadamente omitido está sendo sonegado e excluído desse espaço, vale dizer, da possibilidade de fazer parte do conhecimento e do debate público.
Um exemplo recente dessa censura disfarçada foi o silêncio sobre as manifestações populares que mobilizaram centenas de milhares de pessoas por várias semanas em Madison, a capital do importante estado americano de Wisconsin (ver aqui matéria do New York Times).
Ao mesmo tempo em que sociedades autoritárias explodem no Oriente Médio, fruto de mobilizações populares – com ampla, mas seletiva, cobertura da grande mídia ocidental –, trava-se na mais poderosa democracia do mundo a primeira de uma série anunciada de batalhas entre sindicatos de trabalhadores do serviço público e governos estaduais. Os próximos estados serão Ohio, Michigan, Iowa e Indiana.
Está em jogo não só o poder de barganha desses sindicatos, como o valor das aposentadorias e seus planos de saúde. Na verdade, a corda está arrebentando do lado dos trabalhadores e eles estão reagindo. Não se sabe até onde a resistência sindical conseguirá envolver e mobilizar também outros setores da sociedade que sofrem as conseqüências da crise econômica de 2008. E, menos ainda, quais conseqüências essas mobilizações poderão produzir não só nos EUA como em outros países.
Você leitor(a), conhece a cobertura que essas manifestações mereceram na grande mídia brasileira?
Censura x liberdade de expressão x liberdade de imprensa
A discussão de temas como censura, liberdade de expressão e liberdade de imprensa é sempre oportuna entre nós. O historiador Aloysio Castelo de Carvalho no seu A Rede da Democracia (NitPress/Editora da UFF, 2010) – onde fica demonstrado o conluio dos jornais O Globo, O Jornal e Jornal do Brasil, unidos para derrubar o governo democrático de João Goulart, em 1964 – adverte:
"A liberdade de imprensa é um eixo discursivo dos jornais quando eles querem se valorizar como único canal de expressão da opinião pública".
As novas gerações precisam conhecer a história da censura no Brasil e incluir aí não só a censura exercida pelo Estado, mas outras formas de censura: aquela que vem de nossa herança colonial de "cultura do silêncio" e também a censura disfarçada exercida pelo silêncio deliberado em relação a certos temas, pratica rotineira na grande mídia.
Por Venício A. de Lima no Observatório da Imprensa
Apesar de alguns sucessos no esforço de controlar o superaquecimento dos reatores da central nuclear em Fukushima, a médio e longo prazo as notícias que chegam do Japão não são animadoras. A implantação da zona de exclusão aérea na Líbia pedida pela Liga Árabe e sancionada pelas Nações Unidas, embora seja quente, rende poucas imagens: jatos supersônicos levantando vôo ou nuvens de fumaça subindo de alvos distantes não são propriamente empolgantes.
O carismático Barack Obama acompanhado pela charmosa Michelle ao lado da presidente Dilma Rousseff aqui, entre nós – primeiro em Brasília e depois no Rio de Janeiro – contém todos os ingredientes humanos e políticos para se impor aos demais itens da agenda jornalística.
Conselho ampliado
A visita foi exaustivamente coberta, todas as ocorrências e fatos minuciosamente acompanhados, mas as avaliações e análises claudicaram. A hipótese de que o presidente de uma república democrática possa, num passe de mágica ou golpe de caneta, acabar com os subsídios aos seus agricultores passando por cima do Legislativo é de uma ingenuidade ímpar.
Outra elucubração que ocupou manchetes e extensas análises foi motivada pelo substantivo "apreço" utilizado por Obama na avaliação da pretensão brasileira de ter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Apreço foi um termo considerado insuficiente, o mesmo acontecendo com a designação do Brasil como mero "parceiro" enquanto a Índia tem o status de "aliada". Pura especulação jornalística para fazer barulho.
Jornalistas geralmente sabem quando especulam, mas geralmente se conformam com a especulação porque em política fatos concretos são raros. A ampliação do Conselho de Segurança da ONU não será decidida pelos Estados Unidos sozinho e nem se resumirá a um assento apenas. Tudo indica que os Cinco Grandes decidirão consensualmente uma ampliação significativa: de 15 para 20 ou 21 países de modo a incluir todos os continentes, alguns subcontinentes e privilegiar as maiores potências econômicas, o que significa a inclusão da Alemanha e dos dois Brics ainda de fora: Brasil e Índia.
Dedicação exclusiva
A decisão de Obama em manter a visita ao Brasil enquanto os EUA iniciavam a participação no confronto militar na Líbia é um dado relevante. Vale mais do que as sutilezas e conjecturas que só confundem o distinto público.
O mesmo se deu com a versão de que o ex-presidente Lula recusou participar do almoço em homenagem a Obama ao lado dos seus antecessores porque o convite não veio da Presidência, mas do Itamarati. Pura fantasia. Lula não foi porque faz política em regime full-time e está interessado em assumir-se como líder anti-ianque da América do Sul.
Por Alberto Dines no Observatório da Imprensa
A audiência dos blogs nacionais aumentou muito nas eleições do último ano, quando, entre outubro e novembro, 39,3 milhões de usuários acessaram conteúdo de blogs a respeito da corrida presidencial. Imagine quando a banda-larga chegar a mais domicílios.
Sete em cada 10 brasileiros que tem acesso à internet acessaram blogs em 2010
A pesquisa apurou que 71% dos brasileiros visitaram páginas de blogs durante 2010, enquanto no resto do mundo a média manteve-se em 50%.
O aumento no índice de leitura de blogs em 2010 por região:
Norte, Sudeste e Sul alavancaram três pontos percentuais. No Centro-Oeste, a demanda cresceu de 70,7% para 74,3% dos internautas, mas foi entre os nordestinos que ocorreu o maior salto, de 72,8% para 77%.
Por Helena Sthephanowitz, publicado originalmente no Rede Brasil Atual