segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Documentário polêmico sobre as relações da TV Globo com a ditadura e golpes será exibido na TV


Clássico das videotecas nas faculdades de jornalismo e hit no Youtube, o polêmico documentário "Além do cidadão Kane" (de 1993) será exibido pela primeira vez na TV aberta brasilera em 2011, pela Rede Record, 17 anos após sua estreia no exterior.

A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da emissora, que não quis precisar a data exata da veiculação. Comprado em 2009, o documentário ainda não foi exibido porque a Record temia ser processada pelo uso de imagens da programação da Globo presentes no filme.

O documentário aborda o envolvimento da Globo:

- com a ditadura no Brasil, desde o início com o grupo Time-Life;
- no escândalo PROCONSULT (fraude na eleição de Leonel Brizola ao governo do Rio de Janeiro em 1982);
- a perseguição à políticos e artistas críticos à ditadura e à própria Globo;
- a tentativa de abafar os comícios das "Diretas jà";
- a edição manipulada do debate de Lula e Collor em 1989, favorecendo o Collor;
- várias outras manipulações para agradar os amigos que estavam no poder e demonizar os adversários, tanto políticos como dos interesses empresariais;
- etc;

Tem depoimentos de Lula (antes de chegar a presidência), Leonel Brizola, Chico Buarque, etc.

Onde assistir na internet:

Google Vídeo (copia em parte única de 93 minutos): http://goo.gl/54jN



You tube (dividido em 4 partes):
BBC - Muito alem do Cidadao KANE (1993) - parte1



(Com informações do Jornal do Brasil)

De Viva Solto

Nem só de publicidade vive o bom jornalismo

Era uma vez um jornal americano que começara a circular em 1851. Fundado por Henry Jarvis Raymond e George Jones, rapidamente espalhou-se para outros países, tomou corpo, ganhou credibilidade e hoje é tido como o mais influente do mundo. Mas isso não foi suficiente para que o New York Times se acomodasse. Atento à era tecnológica, é do tradicional impresso americano o passo que levanta a discussão do novo modelo rumo ao futuro - e sobrevivência - do jornalismo em tempos digitais.

Em janeiro deste ano, o NYT avisou que vai fechar o acesso gratuito ao conteúdo noticioso na internet. Para ler, só mediante pagamento de assinatura de US$ 20 mensais. De acordo com os porta-vozes, foi a saída encontrada para cobrir um buraco criado pela falta de anunciantes no site do diário, já que nem só de propaganda o bom jornalismo consegue viver. Então, cobrar ou não cobrar do leitor final? Esse é o dilema que chegou à indústria e promete ser pauta para muitas discussões.

A discussão é dividida essencialmente em dois polos. De um lado a aliança de Rupert Murdoch, dono da News Corp, e o NYT, cujos argumentos são de que fazer jornalismo com qualidade dá trabalho e custa caro, e de outro o Google e reprodutores de notícias, que sustentam a contrariedade à cobrança com base na circulação da informação livre e totalmente aberta.

Editor-chefe de conteúdos digitais do Grupo Estado, Pedro Doria é enfático. "É preciso dinheiro para manter uma boa redação. Para fazer um bom jornalismo, tem que ter alguém integralmente dedicado. Não dá pra ser dentista das 9h às 17h e jornalista depois disso", brinca. "Portanto, temos que produzir dinheiro para nos bancar", afirma. Segundo Doria, 90% do conteúdo informativo que circula na internet vêm de produção de grandes grupos de comunicação, daí a necessidade de reconhecer financeiramente a produção.

Futuro indefinido

Sobretudo, Doria fala que o momento é de incerteza, tanto para o mercado lá fora quanto para o grupo onde trabalha. "Nosso futuro é indefinido porque o futuro da imprensa é indefinido". Apesar disso, tudo indica que o Estadão não vai cobrar pelo conteúdo disponível no site do jornal. Porém, o jornalismo feito originalmente para o impresso já tem acesso fechado na plataforma digital, assim como será com a versão para iPad que em breve será taxada.

A posição é ratificada por João Rosas, diretor-executivo de Marketing e Mercado Leitor do Grupo Estado. "Cobramos porque é um princípio de respeito com o leitor do impresso e o conteúdo é de qualidade", explica. "Não vamos cobrar na internet". Rosas concorda que o ganho com publicidade não é suficiente para pagar a redação, embora represente a maioria do faturamento do grupo: 65% vêm de propaganda e o restante de assinatura.

Entre todos os modelos de negócio que despontam, o do NYT é aquele que Pedro Doria considera ser "o mais inteligente". Segundo ele, o site do jornal tende a sofrer impacto pequeno com a queda de audiência e ainda vai levantar receita junto aos leitores. É desse desafio que nasce a lição de como sobreviver deste misto já que, na visão intuitiva dele, esta deve ser a saída para os próximos passos do jornalismo. "Vamos descobrir agora com o NYT o resultado de tudo isso".

O Globo e o Zero Hora concordam

Expectativa semelhante paira sobre o jornal O Globo. "É uma iniciativa que os grandes têm que fazer. No entanto, é difícil fazer isso no Brasil pois, no primeiro momento, iríamos sofrer", observa Thiago Bispo, gerente Comercial do Digital O Globo. Ele acredita que à medida que o modelo de cobrança vingue nos EUA deverá servir de referência para a indústria mundo afora.

Marta Gleich, diretora de Internet do Grupo RBS, dono do jornal Zero Hora, concorda que apenas a publicidade não fecha a conta. No caso brasileiro, aponta, há tendência de que a reprodução do conteúdo do impresso seja cobrada. "Existe um certo consenso no Brasil de que essa parte deve ser cobrada. Praticamente todas as grandes publicações estão cobrando pela parte impressa. Acho que esse é um movimento que acontecerá muito forte nos tablets", prevê. Assim como fará o Estadão, o jornal sulista cobrará pelo conteúdo disponível na plataforma da Apple.

Independente da plataforma, Marta ressalta a importância da credibilidade do veículo em questão. "O consumidor compra o jornal porque sabe que ele é fonte de credibilidade. Então não interessa se a leitura é feita no papel, na internet ou no tablet. Acho que nós vamos encontrar o modelo de negócio com todas as plataformas unidas". Entretanto, historicamente, o leitor brasileiro não tem perfil de financiador, lembra Doria.

Ele cita exemplos de sites internacionais que pedem doações aos leitores para bancar os custos com a produção jornalística, prática incomum por aqui. O TPM é um deles. "É um blog com oito jornalistas que fazem uma cobertura política excepcional, e pedem doações. No Brasil ninguém conseguiu fazer isso ainda", analisa. Embora considere possível que aconteça no mercado brasileiro, atribui a falta de financiamento ao fato de o país ser uma democracia jovem. Ele acredita que geralmente a contribuição aparece em sistemas democráticos mais antigos, nos quais a população enxergam o bom jornalismo como "gesto de cidadania".

Quanto mais anunciante, mais liberdade

Por fora da questão comercial, o âmbito da atividade jornalística traz novos cenários para a discussão. Pedro Doria levanta o cerce do assunto. "Como jornalistas, devemos nos preocupar em como produzir jornalismo de qualidade, como manter a sociedade informada independente da discussão". Por isso ele defende a necessidade de variação de anunciantes, o que dá mais liberdade editorial aos veículos. "As fontes de renda devem ser mais fragmentadas. Se tenho 2 anunciantes, sou mais suscetível à pressão. Se um deles ameaçar tirar a verba, deixa de ter dinheiro para pagar as contas", diz.

Por Marcelo Gripa, AdNews

Em SP, ativistas garantem reunião para negociar a tarifa do ônibus

Audiência pública na Câmara foi marcada por tensão e explicações evasivas do secretário de Transportes; PT vai à Justiça contra cálculos apresentados pelo governo Kassab

O movimento que luta contra o aumento da passagem de ônibus na capital paulista conquistou a garantia de uma reunião com o Executivo municipal para negociar o valor da tarifa. Neste sábado (12), durante audiência pública na Câmara Municipal, manifestantes e vereadores debateram e cobraram do secretário de Transportes, Marcelo Cardinale Branco, explicações sobre o valor de R$ 3.

Para Nina Cappello, representante do Movimento do Passe Livre, a audiência conquistada pelas manifestações nas ruas foi um sucesso. "A nossa saída foi ainda mais vitoriosa pois conseguimos estabelecer uma mesa de negociações entre os vereadores, a prefeitura e o movimento para falar sobre a revogação do aumento da passagem", comemorou Nina.

O presidente da Câmara, vereador José Police Neto (PSDB), afirmou que os parlamentares vão continuar a intermediar o diálogo entre os manifestantes e o poder público. "Eu garanto a vocês uma reunião antes do meio-dia da quinta-feira (17) e a presença de alguém do Executivo", prometeu.

A audiência, que durou aproximadamente quatro horas, foi marcada por palavras de ordem de cerca de 50 pessoas que foram autorizadas a entrar no plenário e calorosas discussões entre vereadores e manifestantes, que exigiam respostas mais claras do secretário de Transportes. O vereador Carlos Apolinário (DEM) foi chamado de fascista por dizer que pediria para um policial militar retirar estudantes que falassem novamente palavras de baixo calão.

No final do encontro, com abrupta saída do secretário, que não respondeu se a prefeitura abriria realmente o diálogo, manifestantes se aglomeraram no centro do plenário. Policiais causaram um empurra-empurra, garantindo a retirada de Branco e a finalização do debate.

Branco fez um discurso técnico, discorrendo sobre o custeio do transporte na cidade e enfatizando que o sistema é responsável por pagar o serviço prestado pelas empresas, o valor dos benefícios (como as gratuidades dos idosos e das pessoas com deficiência, e a meia passagem de estudantes) e pelos descontos dados em algumas tarifações, como a integração com trens e o Metrô.

Os vereadores do PT contestaram os valores e as especificações dos documentos que justificam o aumento. "O secretário não conseguiu sustentar, fica cada vez mais clara a fragilidade dessa planilha e da proposta apresentada pelo governo", argumenta o vereador Donato (PT).

Horas após a audiência, a bancada do PT emitiu nota informando que vai ingressar na Justiça para impugnar os cálculos utilizados pela gestão Gilberto Kassab. O partido chama atenção para gastos que subiram bastante de um ano para o outro, especialmente de combustível e de pneus, com variação muito superior à inflação. Em comunicado, a bancada petista indica que Kassab está realizando um aumento forte do preço neste ano para não ter de realizar reajuste em 2012, em meio à corrida eleitoral.

O movimento de luta contra o aumento, que inclui representantes de movimentos sociais, estudantis, partidos políticos e o Movimento do Passe Livre, marcou a próxima manifestação para quinta-feira (17), diante da Prefeitura, às 17h.

Por Jéssica Santos de Souza,Rede Brasil Atual

Globo diz que não vai incentivar beijo gay na tevê

Em 10 de dezembro do ano passado, a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Trangêneros (ABGLT) enviou um ofício à Rede Globo solicitando maior comprometimento da empresa na luta contra a homofobia e cobrando a explicação de sucessivas censuras de beijos gays em telenovelas e séries da emissora. A ABGLT lembrou do corte de um beijo gay na série Clandestinos, que foi divulgado na internet, além da cena vetada na novela América.

Em resposta dada esta semana, o diretor da Central Globo de Comunicação, Luis Erlanger, afirma que a empresa também combate o preconceito, a discriminação e promove a luta por direitos, mas aponta que o beijo gay é uma escolha artística dos núcleos da emissora e que não pode passar por cima da liberdade criativa de seus funcionários. “Não cabe promover o beijo gay, assim como não cabe promover o beijo hétero”, afirmou o diretor. Erlanger alegou ainda que a classificação indicativa brasileira, do Ministério da Justiça, é proibitiva a temas “sensíveis”, e que “A teledramaturgia – diferentemente das questões éticas e sociais – não é o ambiente adequado para levantar bandeiras de comportamento moral no campo da sexualidade, baseado na individualidade. Televisão aberta é o espaço do coletivo.”, afirmou.

Por fim, o diretor culpa a própria audiência pelo conservadorismo da Rede Globo em não exibir o tal beijo. Reconhecendo o papel das artes e da mídia para transgredir e lançar discussões, ele afirma que a emissora tem preocupação com o seu público. “Esse desafio torna-se mais difícil quando se trata de respeitar uma audiência não-segmentada, múltipla em suas expectativas e preferências”.

O diretor ainda lembrou de beijos gays exibidos nos programas “Mulheres Apaixonadas” e “Meus queridos Amigos”. O primeiro um selinho entre duas mulheres e o segundo um beijo roubado entre dois amigos.

Por Redação, Revista Lado A

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