quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Corte condena Brasil por crimes na ditadura militar

Por Blog do Sakamoto

A Corte Interamericana de Direitos Humanos concluiu que o Brasil é responsável pelo desaparecimento de 62 pessoas entre os anos de 1972 e 1974, durante a Guerrilha do Araguaia. De acordo com nota divulgada nesta terça (14), a Corte afirma que as disposições da Lei de Anistia brasileira que impedem a investigação e punição de violações contra os direitos humanos são incompatíveis com a Convenção Americana dos Direitos Humanos. Ou seja, a Lei da Anistia vai contra um documento internacional assinado pelo Brasil e que o país deve respeitar. O tribunal, vinculado à Organização dos Estados Americanos (OEA), concluiu também que:
- o Brasil é responsável pela violação do direito à integridade pessoal de familiares das vítimas, em razão do sofrimento pela falta de investigações efetivas para o esclarecimento dos fatos;
- o país é responsável pela violação do direito de acesso à informação, estabelecido no artigo 13 da Convenção Americana, pela negativa de dar acesso aos arquivos em poder do Estado com informação sobre esses fatos;
- o Brasil deve, enfim, investigar e punir as mortes por meio da Justiça.
Conversei na noite de terça (14) com o brasileiro Roberto de Figueiredo Caldas, juiz ad hoc da Corte que participou da decisão. Segundo ele, “somos um país continental, portanto muito auto-referente. Agora, os olhos do mundo estão se voltando para o Brasil e é importante estar de olho, respeitar as decisões com as quais ele se comprometeu.” Caldas lembrou também que toda a jurisprudência nacional que não observar a Convenção Americana dos Direitos Humanos é inválida.
Agora, o Brasil terá que dar uma resposta a essa sentença, o que pode colocar em xeque a própria Lei da Anistia. Mas a decisão, tomada no dia 24 de novembro, precisa ser validada pelo próprio Supremo Tribunal Federal, que meses confirmou, em um julgamento, a própria lei.
Para baixar a sentença, clique aqui

Pesquisa mostra otimismo com papel das UPPs

Carioca muda de opinião e agora acredita na segurança.

Dois anos depois do início da implantação das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) no Rio de Janeiro o carioca mudou completamente de opinião quanto à segurança na cidade. Em 2006, no início do governo Sérgio Cabral, 99% das pessoas entrevistadas numa pesquisa feita pela Macroplan e pelo Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets) diziam que as perspectivas para a segurança nos próximos anos seriam ruins ou muito ruins. Este ano, a pesquisa, batizada de Barômetro do Rio, está sendo refeita e apenas 18% têm a mesma percepção.

Naquela época, a população carioca não via com bom olhos a integração entre os governos federal, estadual e municipal. Numa cidade conhecida por ser sempre de oposição, 95% considerava esse tipo de acordo entre os três poderes ruim ou muito ruim. Depois do forte apoio do governo Lula ao governo Cabral, que resultou em investimentos maciços nos programas do PAC no Estado, a população também mudou de ideia e agora 75% das pessoas acreditam que a união entre as três esferas de poder é boa ou muito boa.

A melhora da expectativa quanto à segurança começa a fazer o carioca se preocupar mais com outros problemas crônicos da cidade, como infraestrutura e mobilidade. Em 2006, já havia certa preocupação com o tema: 82% dos entrevistados tinham uma percepção negativa do problema. Mas ele ficava em segundo lugar na lista de prioridades, batido de longe pela segurança. Agora, o tema passou a ser o mais mal avaliado, com 86%. O mesmo aconteceu com educação. O tema passou de 51% dos entrevistados com percepção negativa para 65%.

A primeira pesquisa realizada em 2006 com 2.500 pessoas foi entregue ao governador Sérgio Cabral (PMDB). Agora, os institutos voltaram a campo ainda em fase inicial. Em novembro foram entrevistadas 400 pessoas.

Para Glauco Neves, diretor da Macroplan, o resultado parcial da pesquisa mostra que é preciso aproveitar a mudança em relação à expectativa. "O Rio vive um momento único, que deve ser aproveitado pelo Estado para montar uma estratégia e colocar a cidade num rumo sem retorno de crescimento e melhoria da qualidade de vida de toda a população", sugere. André Urani, diretor-executivo do Iets conta que não é só o Brasil que está olhando para a cidade, mas o mundo. "Em Harvard, há vários professores que estão planejando vir para o Rio para participar deste momento, para realizar projetos aqui", conta Urani.

Glauco Neves ainda relembra que a retomada das comunidades do poder do tráfico se dará junto com um momento econômico muito bom para o Rio. "Só a Petrobras vai investir R$ 220 bilhões, sem falar em Copa do Mundo e Olimpíada. Vamos precisar de mão de obra, de treinamento, de trabalhadores qualificados", diz.

Os dois propõem que os órgãos federais, junto com a iniciativa privada, montem um plano estratégico único para desenvolver a cidade. "Há iniciativas isoladas, a prefeitura tem seu plano, criou um bolsa-família carioca. O Cabral [governador Sérgio Cabral] quer que todos os prefeitos da região metropolitana façam o mesmo, mas não há uma pessoa que coordene essas ações", critica Urani.

O diretor-executivo do Iets conta que o exemplo mais citado de legado de Olimpíada para uma cidade, Barcelona, teve um plano estratégico que ultrapassou as fronteiras do evento e tinha previsão até 2025. "Eles uniram a localização do porto, do aeroporto e da ferrovia, para transformar a cidade num centro de transportes mundial. O subúrbio de Barcelona não foi beneficiado na época da Olimpíada, mas agora está sendo", diz Urani, ao acrescentar que o projeto do Rio tem de ser de longo prazo.

"No Iets ou na Macroplan não podemos organizar, mas o objetivo é sugerir que o governo aproveite essa oportunidade única e crie um plano estratégico para mais 20 anos, até 2030, por exemplo. Que ultrapasse vários mandatos. E a gente vai dar de presente os subsídios", conclui.Valor Ecônomico

Força Aérea dos EUA censura a imprensa e bloqueia sites de jornais que publicam WikiLeaks


A Força Aérea dos Estados Unidos está impedindo seus funcionários de acessarem os sites de jornais que publicam os documentos diplomáticos do país divulgados pelo site WikiLeaks, como o americano "The New York Times" e o britânico "The Guardian".

A major Toni Tones, porta-voz do Comando Espacial da Força Aérea, no Colorado, disse que computadores conectados à rede da Força Aérea estão barrando 25 sites que têm divulgados os documentos diplomáticos sigilosos dos EUA.

Segundo ela, a Força Aérea costuma restringir o acesso a sites com "materiais inapropriados ou 'maliciosos', e isso inclui qualquer site que hospede materiais sigilosos e aqueles que são divulgados pelo WikiLeaks".

O WikiLeaks está divulgando gradualmente desde novembro mais de 250 mil comunicações diplomáticas dos EUA, o que revela opiniões brutalmente francas de diplomatas sobre aliados e adversários, causando constrangimentos para o governo norte-americano.

Em nota, um porta-voz do "The New York Times" afirmou ser "lamentável que a Força Aérea dos EUA tenha escolhido não permitir que seu pessoal acesse informação que virtualmente todo o restante do mundo pode acessar". Com Reuters e BBC

47% se deslocam com veículo próprio no Brasil


O percentual da população que usa automóveis ou motocicletas para se deslocar aumentou de 45,2% em 2008 para 47%, em 2009. Mesmo assim, quase metade da população ainda depende do transporte público, por não ter alternativa de transporte. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), baseados em estudos da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O número de automóveis na área urbana é o dobro do da área rural, onde é maior o número de motocicletas, segundo o estudo. Os veículos de duas rodas estão presentes em cerca de 15% dos lares, com tendência a crescer, levando em conta os preços mais baixos das motocicletas.

Os domicílios da área urbana que têm carro somam 16,5 milhões, motocicletas 4,073 milhões e os lares que têm ambos os veículos são 3,2 milhões. Cerca de 25,9 milhões de residências ainda não têm qualquer tipo de veículo. Na zona rural, 1,489 milhão de residências têm carro, 1,566 milhão têm motos e 570 mil têm carro e moto. Além disso, 5,123 milhões de lares não dispõem de qualquer tipo de veículo.

O Ipea destaca que a posse de veículos ocorre até mesmo nas camadas mais baixas da população. Na faixa de pobreza extrema, com renda de até um quarto do salário mínimo per capita, 17,7% das famílias têm carro ou motocicleta. Nas casas onde a renda é de até meio salário mínimo per capita cerca de 23% das famílias já têm veículos próprios.

As políticas para aumentar a renda da população mais pobre, segundo avaliação do Ipea, deverão provocar o aumento da aquisição de automóveis nos próximos anos. A posse de veículos é maior no país, proporcionalmente entre a população de Santa Catarina, Paraná, Distrito Federal e São Paulo. Em Santa Catarina, cerca de 70% das residências têm algum tipo de veículo. No Paraná, 61,7%; no DF, 59,7% e em São Paulo, 59,1%. Em Santa Catarina, 28,5% das residências não dispõem de automóvel ou moto, no Paraná, 38,3%; no DF, 40,3% e em São Paulo, 40,9%.

A maioria dos trabalhadores brasileiros (68%) na área urbana ou rural gasta menos de 30 minutos para ir de casa ao trabalho, independentemente da forma de locomoção. Cerca de 10% da população gasta mais de uma hora nesse percurso. O tempo médio de percurso da residência ao trabalho, segundo o Ipea, mostra que a maior parte dos brasileiros prefere procurar trabalho próximo às suas moradias.

O Ipea considera que a taxa de motorização da população tende a crescer, gerando engarrafamentos e complicações no trânsito. Para o instituto, será necessário que os governos façam investimentos para melhoria da infraestrutura para minimizar o problema.

Valor Ecônomico

Ministério de Dilma já é o maior em número de mulheres

Cumprindo a promessa repetida sucessivamente durante a campanha, a presidenta eleita Dilma Rousseff já indicou um número recorde de mulheres para compor o primeiro escalão de seu governo. Se as negociações comandadas nos bastidores nos últimos dias se confirmarem, Dilma já preencheu pelo menos oito vagas com mulheres.

O tamanho da equipe feminina de Dilma já supera a fatia de mulheres nomeadas no primeiro ministério do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2003. Na época, Lula indicou cinco ministras: Marina Silva (Meio Ambiente), Emília Fernandes (Secretaria Especial das Mulheres), Matilde Ribeiro (Secretaria da Igualdade Racial), Benedita da Silva (da extinta pasta da Ação Social) e a própria Dilma (Minas e Energia).

Embora a presidenta eleita tenha avançado significativamente na montagem de sua cota de mulheres, alguns nomes citados inicialmente como favoritos ficaram de fora. É o caso da diretora de Gás e Energia da Petrobrás, Maria das Graças Foster. Ou ainda da deputada do PC do B, Manuela D'Ávila. Saiba mais sobre as mulheres que devem integrar o ministério de Dilma:

Miriam Belchior




Foto: Agência Estado

A Coordenadora do Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC) foi a primeira confirmada no time feminino


Primeira mulher a ser confirmada no novo governo, Miriam Belchior será a nova ministra do Planejamento, em substituição ao atual titular da pasta, Paulo Bernardo. Coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ela destacou-se na condução do projeto que se transformou em uma das principais bandeiras da campanha presidencial petista. Além de preencher os quesitos técnicos desejados por Dilma para a função, Miriam também ajuda a atender às demandas do PT paulista, em especial da região do ABC, berço político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela foi mulher do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel, sequestrado e assassinado em 2002. Com bom trânsito dentro do partido, Miriam também já atuou no programa Bolsa Família, outra bandeira do governo Lula. Nesse caso, ela ajudou a comandar a integração dos projetos sociais que foram consolidados para dar forma ao programa.

Ideli Salvatti




Foto: Agência Brasil
Ideli já comandou a bancada petista no Senado e disputou o governo de Santa Catarina

Senadora e ex-líder da bancada petista, Ideli foi confirmada no início de dezembro como ministra da Pesca do governo Dilma. Com formação em Física pela Universidade Federal do Paraná, militou em movimentos de professores e acabou ganhando projeção ao integrar em várias ocasiões a direção do PT de Santa Catarina. O primeiro cargo eletivo que conquistou foi o de deputada estadual, em 1994. Em 2002, tornou-se a primeira mulher a se eleger senadora pelo Estado de Santa Catarina. Na Casa, acabou se firmando como líder da bancada petista a partir de 2006. Três anos depois, assumiu a liderança do governo no Congresso. Recentemente, diante das denúncias que tiraram o senador Gim Argello (PTB-DF) da relatoria do Orçamento de 2011, Ideli chegou a ser indicada para preencher a vaga. A indicação para o ministério, entretanto, levou a senadora a mudar os planos e repassar a relatoria à colega Serys Slhessarenko (PT-MT).

Helena Chagas




Foto: Agência Estado
Helena segue rumo semelhante ao do pai

Responsável por comandar a equipe de imprensa na campanha presidencial de Dilma e no governo de transição, a jornalista Helena Chagas ocupava até abril deste ano a diretoria de Jornalismo da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), criada durante o governo Lula. Confirmada no início do mês para substituir o ministro Franklin Martins na Secretaria de Comunicação Social (Secom), a nova titular da pasta trilhou boa parte de sua carreira na grande imprensa. Na televisão, Helena atuou no SBT e, antes disso, na Globo. Também comandou a sucursal do jornal O Globo em Brasília. Ao lado do jornalista Tales Faria, assinou o Blog dos Blogs no iG. Ao assumir a função no novo governo, Helena, que se formou pela UnB, seguirá uma trajetória semelhante à de seu pai, o jornalista Carlos Chagas. Ele exerceu o cargo de secretário de Comunicação da Presidência da República durante o governo de Costa e Silva (1967-1969).

Maria do Rosário




Foto: Agência Estado
Nova ministra é ligada ao PT gaúcho

Representante do PT gaúcho, a deputada Maria do Rosário iniciou sua militância no PC do B. Escolhida para comandar a Secretaria de Direitos Humanos, ela assumiu em 2003 seu primeiro mandato na Câmara, posto para o qual se reelegeu em 2006. Ocupou várias posições na direção nacional do PT, assim como nas instâncias estadual e municipal da legenda. Em 2005, em meio à crise do mensalão, colocou-se como uma das candidatas à presidência nacional do partido pela corrente Movimento PT, grupo que integra dentro da sigla. Perdeu o posto para o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP). Maria do Rosário representou o PT também nas eleições municipais de 2008, quando disputou a Prefeitura de Porto Alegre. Embora tenha conseguido levar a eleição para o segundo turno, terminou o pleito derrotada por José Fogaça (PMDB).

Iriny Lopes




Foto: Agência Câmara
Iriny Lopes hoje integra a Comissão de Direitos Humanos da Câmara

Embora ainda não tenha sido anunciada oficialmente como uma das integrantes do primeiro escalão do novo governo, a deputada Iriny Lopes (PT-ES) já recebeu o convite da presidenta eleita Dilma Rousseff para comandar a Secretaria Especial de Políticas para Mulheres. Aos 54 anos, ela exerce atualmente seu terceiro mandato de deputada federal, cargo que conquistou pela primeira vez em 2002. Além de ter integrado o Conselho de Ética da Câmara, foi membro de CPIs como a do Banestado e das Escutas Telefônicas Clandestinas, da qual foi relatora. Indicada pelo PT para integrar a Comissão de Direitos Humanos da Câmara neste ano, a deputada também teve atuação nas negociações sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3). O projeto foi um dos focos de polêmica do governo Lula e deve voltar a ser discutido durante a gestão de Dilma.

Maria Lúcia Falcón




Foto: Divulgação/Governo de Sergipe
Maria Lúcia Falcón foi convidada para comandar a pasta do Desenvolvimento Agrário

Outra integrante da lista de nomes que ainda aguardam confirmação, Maria Lucia Falcón foi convidada pela presidenta eleita para comandar a pasta do Desenvolvimento Agrário. Professora do departamento de Economia da Universidade Federal de Sergipe, Lúcia foi secretária de Planejamento do Estado, sendo responsável pela elaboração e coordenação das propostas das leis orçamentárias e do planejamento estratégico estadual. Ao longo de sua formação acadêmica, acumulou os títulos de especialização em Qualidade e Produtividade com Missão no Japão, mestrado em Economia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutorado em Sociologia pela Universidade de Brasília (UnB). Com endosso de governadores petistas como Marcelo Déda (Sergipe) e Jaques Wagner (Bahia), Lúcia era cotada para a pasta ao lado do senador eleito e ex-governador do Piauí, Wellington Dias.

Izabella Teixeira




Foto: AFP
Com apoio do setor, ministra é cotada para permanecer na pasta

De perfil técnico e com bom trânsito no setor, a atual ministra do Meio Ambiente é hoje a mais cotada para permanecer no cargo. Izabella Teixeira assumiu o comando da pasta em abril deste ano, em substituição ao então ministro Carlos Minc, que deixou o governo para disputar uma vaga de deputado no Rio de Janeiro. Nascida em Brasília, ela possui formação na área de Biologia. Ainda no que se refere a sua formação acadêmica, a ministra possui mestrado em Planejamento Energético e doutorado em Planejamento Ambiental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Izabella preenche parte da cota de técnicos prometida por Dilma no ministério. Funcionária de carreira, ela acumula também passagens pelo Ibama. Ainda assim, ela é ligada politicamente a Minc, que acompanha desde os tempos em que ambos estavam na Secretaria do Meio Ambiente no governo do Rio de Janeiro.

Tereza Campelo




Foto: Reprodução
Tereza Campelo é economista e conheceu Dilma ao militar no PT gaúcho

Coordenadora de Projetos Estratégicos da Casa Civil, a Tereza Campelo tornou-se nos últimos dias a favorita para comandar o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. A pasta é considerada estratégica por abrigar o programa Bolsa Família, menina dos olhos do governo Lula na área social. Tereza é ligada ao PT gaúcho, assim como a própria presidenta eleita. Sua carreira foi construída em boa parte em administrações petistas no Rio Grande do Sul. Economista formada pela Universidade Federal de Uberlândia, Tereza é casada com o também petista Paulo Ferreira, que comandou a Secretaria de Finanças do PT logo após a eclosão do escândalo do mensalão. Ao assumir, Tereza substituirá Márcia Lopes, irmã do futuro ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) e interina do Desenvolvimento Social desde que Patrus Ananias deixou o cargo para disputar a eleição em Minas. Fonte: Último Segundo.

Premiação da ´IstoÉ´ reúne Lula e Dilma em São Paulo


Vagner Magalhães Direto de São Paulo - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) dividirão o palco na noite desta quarta feira em São Paulo para receber respectivamente os prêmios de "Brasileiro da Década" e "Brasileira do Ano" da revista IstoÉ. Ao lado deles estará ainda o senador eleito por Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), agraciado com o prêmio de "Brasileiro do Ano na Política". Fonte: JP.

Porque a emenda Pedro Simon é necessária

POR QUE A EMENDA PEDRO SIMON SE TORNOU NECESSÁRIA E POR QUE OS ENTREGUISTAS BATEM NELA.


Quando foi concluído o relatório final da Câmara dos Deputados, sobre o PL 5938 do Governo, que muda o contrato de concessão (da Lei 9478 de FHC, pelo qual, 100% do petróleo é de quem produz) para o de partilha da produção (pelo qual a União recupera a propriedade 40% do petróleo), a AEPET descobriu um contrabando introduzido pelo relator, deputado Henrique Alves, o parágrafo 2º do artigo 42 do projeto do Governo.

Trata-se da absurda devolução ao Consorcio Explorador, em petróleo, dos royalties que ele pagasse em reais. Ora, isto significaria “transformar o Brasil num imenso paraíso fiscal”, ou seja, abrir mão de um imposto que monta, no presente, cerca de US$ 15 bilhões (R$ 27 bilhões). Em 2020 chegaria a US$ 30 bilhões, cerca de R$ 54 bilhões. Assim, consumado esse absurdo, teríamos o pior contrato de partilha do mundo.

Denunciamos esse absurdo a vários parlamentares, tendo o Senador Renan Calheiros se comprometido a levar essa informação ao presidente Lula, pois a introdução dessa emenda piorava muito o projeto do Governo. Simulações que fizemos mostram que, pelo projeto do Governo, a União ficaria com cerca de 60% do óleo produzido; com a esdrúxula emenda do relator essa participação cairia para 40%. É ou não absurda?

O Senador Pedro Simon, a quem explicamos detalhadamente a matéria, ficou atônito e fez um discurso no Senado no mesmo dia, mostrando a dura realidade. Foi aparteado pelo senador Dornelles que disse: “Isto transforma o Brasil num imenso paraíso fiscal”.

Denunciamos o fato numa audiência pública no Senado e quando perguntado pela imprensa quem seria o patrocinador dessa emenda, não titubeamos: “se vocês procurarem quantas audiências públicas o Cartel Internacional, incrustado no Instituto Brasileiro do Petróleo, fez no Senado, só este ano, com um desfile de lobistas, vocês identificarão facilmente a origem dessa malfadada emenda”.

Entrevistado, o autor da inclusão, deputado Henrique Alves pôs a culpa na PETROBRAS, e, com isto, cometeu dois erros: 1) consultamos o presidente e vários diretores da Petrobrás e eles não sabiam de nada; 2) mesmo que tivesse partido da PETROBRAS a idéia da emenda, ela não se justificaria, visto que causaria um imenso prejuízo à Nação.

Veio a votação no Senado. Conversamos com o relator Renan Calheiros, que nos disse: “olha eu prometi derrubar essa emenda, mas a relatoria passou para o Senador Romero Jucá. Fale com ele”. Falamos, e o Senador nos disse: “as emendas referentes a royalties foram retiradas. Serão votadas em separado”. Não satisfeitos, perguntamos: “e a emenda da devolução dos royalties, também ficou para depois’? Resposta: “falei com o fulano, do governo e ele disse que isto não tem problema”.

Suspeitamos de outra inserção sub-reptícia para devolver os royalties para o Consórcio Explorador. Fomos ver o texto do relator e, bingo! Lá estava, camuflada, a famigerada devolução dos royalties para o consórcio. O relator inseriu um acréscimo no artigo 2º do projeto do Governo e então se fez necessária a emenda Pedro Simon para retirar esse absurdo e ainda corrigir a emenda Ibsen, pois já que a União deixaria de perder os R$ 54 bilhões, de mão beijada para os consórcios, dava para ela ressarcir os estados produtores das perdas de cerca de R$ 6 bilhões causadas pela emenda Ibsen Pinheiro.

No dia seguinte, grande parte dos lobistas, incluindo a grande mídia, bateu sem trégua na emenda Pedro Simon, indignados pelo prejuízo dos seus patrocinadores. Nenhum deles mencionou a verdadeira motivação salva-pátria da emenda Simon...

No entanto, nova surpresa estava reservada. Eis que o Projeto que saiu do Senado com a Emenda Simon, proibindo a devolução em petróleo dos royalties pagos, devidamente discutida e aprovada, volta a apresentar outro contrabando, não percebido por ninguém, agora de 4 artigos (2º., 10º., 15º. e 29º.), para essa devolução.

E assim as coisas vão. Continua a luta. Agora na Câmara de Deputados, para a retirada desse absurdo da Legislação. Fonte: AEPET

Michael Moore manifesta apoio e anuncia ajuda financeira ao fundador do WikiLeaks

Redação, Portal IMPRENSA

“O documentarista norte-americano Michael Moore ofereceu US$ 20 mil para ajudar a defesa de Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, a pagar a fiança de 200 mil libras imposta pela Justiça britânica para libertá-lo da prisão em Londres.

Assange é responsável pela divulgação de milhares de documentos confidenciais sobre o governo dos Estados Unidos e enfrenta acusações de crimes sexuais na Suécia, as quais ele nega.

Em declaração publicada em seu site, Moore afirma disponibilizar seu portal e servidores para manter o WikiLeaks no ar e critica opiniões de políticos dos EUA contra o fundador da organização especializada em vazamentos de informações sigilosas.”
Foto: Divulgação
Matéria Completa, ::Aqui::

Crescimento econômico do Nordeste se reflete no aumento de acesso à internet

“O crescimento da representatividade da economia do Nordeste refletiu-se no acesso à internet. É o que mostra um estudo realizado pela Serasa Experian, empresa de informações financeiras, que revelou um aumento de 7,53% no acesso à rede na região. Com a expansão, os nordestinos passaram a ser responsáveis por 13% do total de visitas à internet no País – o valor anterior era de 12,1%. A variação foi analisada entre 5 de junho e 4 de dezembro de 2010.

Apesar de ter sofrido queda de 0,7% no período do estudo, a região Sudeste manteve larga liderança, com 61,1% do total de acessos. Em seguida, aparecem o Sul, com representatividade de 15,7%, o Centro-Oeste (7,5%) e, por fim, o Norte (2,7%).

Apenas o estado de São Paulo é responsável por 36,29% das visitas à internet no Brasil, seguido por Rio de Janeiro e Minas Gerais. No Nordeste, a Bahia é líder entre os estados, com peso de 4,43% do total nacional. Entre os baianos, os tipos de site de maior interesse são ferramentas de busca (40%), redes sociais (24,8%) e e-mails (10,7%). Já analisando toda a região Nordeste, os sites mais visitados são Google Brasil e Google, Orkut, Windows Live Mail e Youtube.

O estudo monitorou – com autorização – 500 mil pessoas entre 5 de junho e 4 de dezembro.”Redação, Carta Capital

Aprovada pela Câmara, PEC do Fundo da Pobreza precisa agora ser promulgada

”A Câmara dos Deputados aprovou no fim da noite de hoje (14), em dois turnos de votação, a proposta de emenda à Constituição (PEC), que prorroga por tempo indeterminado o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza. A vigência do fundo termina no dia 31 de dezembro. Por isso, a PEC precisa ser promulgada pelo Congresso Nacional antes de 31 de dezembro para que o fundo continue a vigorar. Ela já foi aprovada em dois turnos pelo Senado e agora só falta ser promulgada.

Na votação em primeiro turno, votaram a favor da proposta 327 deputados, 1 contra e 1 abstenção. Em seguida, os deputados aprovaram requerimento para a quebra de interstício – dispositivo que permite que a votação em segundo turno ocorra sem que haja o intervalo de cinco sessões entre a primeira e a segunda votação.

Votado o requerimento, os deputados aprovaram a PEC em segundo turno por 318 votos contra 1 e 1 abstenção. A aprovação da matéria foi uma das solicitações feitas pelos governadores durante reunião com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), há poucos dias.” Iolando Lourenço, Agência Brasil

Dilma é a mais comentada no Facebook por brasileiros em 2010

Dilma Rousseff foi a mais comentada no Facebook por brasileiros em 2010. E Tiririca ficou em segundo, aponta ranking divulgado hoje pela rede social.

É o segundo posto de destaque que a presidente eleita consegue em 2010 nas redes sociais. O Twitter divulgou ontem que a presidente eleita foi a segunda pessoa mais citada na rede de microblogging no mundo todo. Na contagem mundial do Facebook, entretanto, Dilma não entrou. O posto ficou com Justin Bieber – o mesmo que lidera no Twitter em 2010.

Veja abaixo o ranking de pessoas/assuntos mais mencionados no Facebook pelos brasileiros em 2010:

1) Dilma Rousseff

2) Tiririca

3) SWU

4) Dunga

5) FarmVille

6) Neymar

7) Copa do Mundo

8 ) Felipe Melo

9) Haiti

10) PSDB

Vendas do comércio crescem pelo 6º mês seguido, aponta IBGE

As vendas no varejo tiveram alta de 0,4% em outubro, seguindo elevação de 0,3% um mês antes, na série com ajuste sazonal, apontou pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dessa maneira, nota o organismo, o setor completa seis meses consecutivos de taxas positivas em volume de vendas.

Na comparação com outubro de 2009, o indicador subiu 8,8%. No acumulado do ano, as vendas varejistas avançaram 11,1%. Em 12 meses, o aumento foi de 10,7%.

Considerando o confronto mensal, metade das 10 atividades avaliadas registraram avanço nas vendas. Ficaram nesse grupo Veículos e motos, partes e peças (6,8%), Livros, jornais, revistas e papelaria (4,7%), Móveis e eletrodomésticos (2,3%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,7%) e Tecidos, vestuário e calçados (1,4%). Quatro segmentos apresentaram baixa, como Combustíveis e lubrificantes e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, ambos com declínio de 0,2%. Material de construção, por sua vez, verificou estabilidade.

Em relação a outubro de 2009, todos os segmentos investigados tiveram elevação, com destaque para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,7%). Esse ramo, segundo o IBGE, deu a maior contribuição (37%) para a taxa global do varejo.

Quanto à receita nominal de vendas, houve ampliação de 1,3% em outubro, após incremento de 1,1% em setembro. Perante outubro de 2009, o avanço correspondeu a 13,3%. No ano e em 12 meses, as taxas foram positivas em 14,3% e 13,8%, nesta ordem.

O comércio varejista ampliado, que inclui veículos e peças e material de construção, apresentou aumento de 2,1% no volume de vendas no mês em outubro e de 2% na receita nominal de vendas. No confronto anual, as cifras equivaleram a 11,2% e 14,1%.

Por Juliana Cardoso – Valor Ecônomico

Classe C já compra mais eletros que AB

A classe C se tornou a principal consumidora de eletrodomésticos e eletrônicos e desbancou as famílias das classes A e B durante os anos de governo Lula. A chamada "nova classe média" deverá encerrar 2010 com 45% da fatia de gastos desses produtos no país, enquanto os mais ricos ficarão com 37%.

o aummento do emprego formal e pela forte expansão do crédito. Por causa desses fatores, a ampliação do consumo, que ocorreu em todas as classes, foi mais intensa nessa categoria", afirma Renato Meirelles, sócio-diretor do instituto Data Popular.

Os dados fazem parte de estudo do instituto, obtido pela Folha e realizado a partir de dados da POF (Pesquisa de Orçamento Familiar) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no período de 2002 a 2010.

Segundo o levantamento, no início do governo Lula o topo da pirâmide representava 55% do consumo desses bens; já a classe C tinha 27%.

"A tendência é que a classe C se consolide cada vez mais como a principal consumidora do país. Em 2011, deverá encostar nos 50% [de participação nos gastos com eletros]", prevê Meirelles. As classes D e E ficaram estáveis no período, com 18% da fatia.

TAMANHO

Outro fator que explica o potencial é o seu tamanho. Com 94,9 milhões de pessoas, a classe média do Brasil representa 50,5% da população, e a AB fica com 10,5%, segundo estudo da FGV (Fundação Getulio Vargas) com base em dados da Pnad 2009 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

"O gasto per capita da classe C é menor do que a das superiores, mas o seu peso fica maior por ser mais volumosa", diz o economista-chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV, Marcelo Neri.

Neste ano, as famílias brasileiras gastarão R$ 45 bilhões com eletrodomésticos e eletrônicos, de acordo com o Data Popular. Desse total, R$ 20,1 bilhões virão da classe C, R$ 16,7 bilhões das A e B e R$ 8,2 bilhões das D e E.

COMPUTADOR

Entre os bens de consumo, o computador foi o que apresentou o maior crescimento dentro dos lares brasileiros -passou de 14% dos lares, em 2002, para 34% em 2009. "Parte dessa classe C é composta por pessoas que ascenderam socialmente, que não tinham um computador ou uma televisão de plasma e passaram a consumir esses produtos", avalia Neri.

Para o especialista, a presença do computador nas casas é um fator positivo. "Trata-se de um artigo produtivo, assim como o celular, que traz condições para as pessoas trabalharem no fim de semana ou em casa."

Na classe média, a evolução foi ainda mais intensa. Em 2002, apenas 13 em cada 100 domicílios tinha microcomputador. Já em 2009, eram 52%.

Na opinião da professora do Provar (Programa de Administração do Varejo) da FIA (Fundação Instituto de Administração), Elaine Brito, a classe D será a próxima a ascender fortemente e deverá ter uma evolução mais forte no consumo durante os próximos anos. "Sairão do consumo básico para realizar desejos."Na Folha São Paulo

Nova fábrica da Fiat, em Pernambuco, mira competição com os chineses

A diretoria da Fiat aproveitou a presença do presidente Lula em Pernambuco, para anunciar oficialmente a instalação de uma fábrica de automóveis em Suape.

Com essa nova unidade, a empresa pretende produzir um modelo de veículo com condições de competir com o mercado chinês. O carro será popular, mas terá conteúdo (acessórios). Apesar disso, será comercializado a preço mais acessível.

A indústria será instalada em uma área de 740 hectares, sendo 440 para planta da indústria e dos sistemistas (empresas fornecedoras).

Durante entrevista coletiva, o governador Eduardo Campos (PSB/PE) não deu detalhes sobre as indústrias fornecedoras da Fiat que irão se instalar no entorno da montadora. Ele antecipou apenas que o número já é superior a 50.

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