quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Telebrás quer chip nacional para banda-larga com tecnologia WiMax

O Ceitec, empresa do governo federal de micro-eletrônica sediada em Porto Alegre (RS), começou a desenvolver um chip que usará a tecnologia WiMax, voltado para o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).

Com o WiMax, uma antena distribui o sinal sem-fio a uma distância de até 60 km, o que é considerado solução ideal para conexões fora dos grandes centros urbanos, na área rural e cidades menores, por reduzir os custos de infraestrutura. O chip equipa os modems que captam este sinal.

O projeto é negociado pela Telebrás, que pretende usar seu poder de compra, com a massificação do PNBL, para incentivar os fabricantes nacionais: “Vamos entrar com as encomendas e assegurar mercado para esses equipamentos”, diz Rogério Santanna, o presidente da empresa.

Fabricantes nacionais como Asga, Parks e Gigacom tem reunião prevista nesta semana, para aprofundar o assunto e dimensionar a produção.

Da parte da ANATEL, espera-se a liberação da faixa de frequência de 450 MHz para ser utilizada pela Telebras neste projeto.

Mesmo com pendências ainda a resolver, o desenvolvimento já começou, com contratação de pessoal pelo Ceitec, e construção da “sala limpa”, prevista para estar pronta em setembro. As negociações visam começar a produção em 2012 e casar o cronograma com metas do PNBL. (Com informações do Convergência Digital)

Igreja pede explicações ao Estado

Como se não bastassem as mortes na região serrana do Rio de Janeiro e as brigas entre seus principais aliados – PMDB e PT –, a presidente Dilma Rousseff agora vai ter que lidar com os questionamentos da igreja católica. Empossado como prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, o arcebispo de Brasília, Dom João Braz de Avis, cobrou uma definição da presidente em entrevista publicada na Folha de S.Paulo (19/1/2011):

"Não temos uma ideia clara de quem é Dilma do ponto de vista religioso. Ela precisa explicar melhor as suas convicções religiosas para que o diálogo possa progredir. O que sabemos é que Dilma mostrou flexibilidade com relação a temas importantes para a igreja. Mas também sabemos que políticos fazem isso: durante a campanha, é uma coisa e, na prática, o caminho às vezes é outro. Eu espero que as posições dela se aproximem das posições da igreja. Para isso, precisamos conhecer melhor o que pensa a Dilma presidente em relação a certos temas. Não só o aborto, que teve destaque na disputa eleitoral, mas também quanto ao PNDH-3 [Plano Nacional de Direitos Humanos], que traz posições contundentíssimas para a igreja. Há aspectos muito bonitos com relação à questão social, mas temos aborto, homossexualismo, um monte de coisa que precisamos ver como vai ficar."

Enquanto o religioso espera para ver como as coisas vão ficar, os jornais poderiam esclarecer que questões como legalização do aborto, união de homossexuais e outros temas tão caros à igreja independem da exclusiva vontade da Presidência da República. Qualquer modificação na lei referente ao aborto ou à união legal de homossexuais, por exemplo, passa por aprovação do Congresso Nacional.

Deveriaa imprensa esclarecer também que as atitudes da presidente – ou de qualquer presidente deste país – dizem respeito apenas ao Estado, assim como as decisões da igreja (católica ou qualquer outra) dizem respeito apenas aos seus seguidores. Como disse o próprio cardeal em sua entrevista, "a separação entre igreja e Estado foi uma conquista e representa uma grande vantagem democrática em relação ao passado, quando havia a imposição da religião sobre o Estado".

O papel de cada um

A entrevista de Dom João de Braz Aviz acabou repercutindo no jornal concorrente. Em artigo publicado domingo (23/1) no Estado de S. Paulo, Débora Diniz discute o tema sob o título "Quem tem medo da laicidade?":

"De minha parte, não preciso conhecer a fé religiosa de nossa presidente para acreditar na democracia. Ainda diferente de d. João, estou certa de que, se o ex-presidente Lula se apresentou como homem de Estado, a atual presidente poderá ir além: melhor será se somente conhecermos a mulher de Estado. Se a ela for conveniente expor suas crenças privadas em matéria religiosa, que esse seja um fato indiferente à vida democrática. Mas, honestamente, preferiria que Dilma fosse não apenas a primeira mulher presidente, mas principalmente, aquela que atualizasse o dispositivo da laicidade do Estado brasileiro... Não há incompatibilidade moral entre a mulher de fé e a mulher de Estado. Só elegemos a mulher de Estado."

Enquanto a presidente da República procura organizar seu governo e enfrentar as catástrofes (naturais e políticas), melhor seria se o cardeal católico e todos os outros líderes religiosos do país se unissem em oração ou trabalhassem efetivamente para ajudar as vítimas das enchentes por esse Brasil afora. Cabe à imprensa esclarecer aos leitores que cada um tem seu papel na democracia, noticiando, comentando e, sempre que necessário, destacando que Estado e igreja são coisas diferentes.

Se cada um – Estado, igreja e imprensa – fizer a sua parte, a democracia só tem a ganhar.

Por Ligia Martins de Almeida, Observatório da Imprensa

Mais trabalho e menos descanso

A conhecida semana inglesa de trabalho parece se transformar rapidamente em miragem para parcela crescente dos ocupados. Pesquisa realizada sobre condições de vida e trabalho no Reino Unido revela que, nas atividades de serviços, o antigo descanso semanal de 48 horas foi reduzido na prática para somente 27 horas.

Há fortes indícios de que a jornada de trabalho deixa de começar na manhã de segunda-feira e se encerrar na tarde de sexta para, cada vez mais, se iniciar no meio da tarde de domingo e prolongar-se até o início da tarde do sábado.

Assim, o tempo do descanso semanal é diminuído em 21 horas (43,7%), conforme estudos sobre hábitos do trabalho de 4.000 empregados de 16 a 60 anos de idade no setor de serviços britânico.

A cada dez ocupados, seis efetuam tarefas relacionadas ao trabalho heterônomo (pela sobrevivência) no final de semana.

Entre as principais atividades laborais fora do local de trabalho estão as ligadas ao uso contínuo do computador pessoal, especialmente em tarefas de correio eletrônico, internet e no desenvolvimento de relatórios e planejamento.

A maior parte dos ocupados que trabalham no final de semana informa exercê-lo por pressão da empresa, embora haja aqueles que são estimulados a fazê-lo pela concorrência entre os colegas.

No tempo da Revolução Industrial, décadas de lutas do movimento social e trabalhista foram necessárias para conter as extensas jornadas de trabalho (superiores a 14 horas diárias e a mais de 80 horas semanais). Por meio de férias, do descanso semanal e dos limites máximos impostos à jornada (oito horas diárias e 48 horas semanais), a relação do trabalho com o tempo de vida reduziu-se de mais de dois terços para menos da metade.

Assim, os laços de sociabilidade urbana foram construídos por meio do avanço de atividades educacionais, lazer e turismo, entre outras fundamentais à consolidação de um padrão civilizatório superior.

Paradoxalmente, o curso atual da revolução tecnológica nas informações e comunicações faz com que o ingresso na sociedade pós-industrial seja acompanhado da elevação da participação do trabalho no tempo de vida.

O transbordamento laboral para fora do local de trabalho compromete não apenas a qualidade de vida individual e familiar como também a saúde humana. Não são diminutos os diagnósticos a respeito das novas doenças profissionais em profusão.

O predomínio do trabalho imaterial, não apenas mas substancialmente estendido pelas atividades no setor terciário das economias – a principal fonte atual de geração de novas vagas –, permite que o seu exercício seja fisicamente mais leve, embora mentalmente cada vez mais cansativo.

Antigos acidentes laborais provocados pelo esmagamento em máquinas são substituídos por novos problemas, como o sofrimento humano, a solidão e a depressão, cada vez mais associada às jornadas excessivas de trabalho e ao consumismo desenfreado.

A imaterialidade do trabalho, mesmo nas fábricas, por efeito da automatização e das novas tecnologias de informação e comunicação, torna o exercício laboral mais intenso e extenso.

Por força do transbordamento laboral para além do local de trabalho, a jornada de 48 horas aumenta para 69 horas semanais, enquanto o descanso reduz-se de 48 horas para 27 horas na semana.

Por Marcio Pochmann, Agência Sindical e Blog do Miro

WikiLeaks vai parar no cinema

Julian Assange, o idealizador-fundador do polêmico WikiLeaks, deverá parar nas telas de cinema em breve.

De acordo com o site Hollywood Reporter os produtores Barry Josephson – da série Bones e de filmes como Juntos pelo acaso – e Michelle Krumm – de Garota Irresistível e Entre Segredos e Mentiras – adquiriram os direitos de levar a biografia do cyberativista às telonas. Ainda em desenvolvimento, o livro se chamará O homem mais perigoso do mundo e está sendo escrito pelo jornalista Andrew Fowler, que contará a vida de Assange de sua infância até a fundação do WikiLeaks, incluindo os sórdidos detalhes a respeito dos supostos estupros que o levaram para a cadeia.

Assange teria feito no último mês de maio um acordo no valor de US$ 1 milhão (R$ 1,67 milhões) para colaborar com o livro, e deverá inflar esse valor em uma quantia ainda não revelada com a adaptação de sua história para as telonas.

O livro deverá ser lançado ainda este ano na Australia, editado pela editora da universidade de Melbourne. Enquanto isso, não existem grandes detalhes a respeito de sua adaptação para o cinema, sem qualquer menção a possíveis roteiristas e atores.

Por João Brunelli Moreno, Tecnoblog

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A construção do mito Assange

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