Em 2003, quando foi divulgada a primeira edição da pesquisa, o país tinha índice 2,8, e, em 2010, 2,1. Os países com baixa prevalência são os que têm indicador CPO entre 1,2 e 2,6, segundo classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O indicador CPO é composto pela soma de dentes cariados, perdidos e obturados em uma mesma faixa etária. O índice pode variar de 0 a 32 e representa, em média, o número de dentes doentes na boca de uma pessoa.
Por região
Das cinco regiões brasileiras, em quatro houve redução do índice no período, de acordo com a pesquisa. A região Nordeste baixou seu índice de 3,1 para 2,7; o Centro-Oeste foi de 3,1 para 2,6; o Sudeste saiu de 2,3 para 1,7; e o Sul baixou de 2,3 para 2.
A única região em que o índice cresceu foi a Norte: de 3,1 em 2003 para 3,2 neste ano.
ÍNDICE DE CÁRIES POR REGIÃO | ||
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Região | 2003 | 2010 |
Centro-Oeste | 3,1 | 2,6 |
Nordeste | 3,1 | 2,7 |
Norte | 3,1 | 3,2 |
Sudeste | 2,3 | 1,7 |
Sul | 2,3 | 2,0 |
Brasil | 2,8 | 2,1 |
Fonte: Pesquisa Nacional de Saúde Bucal, do Ministério da Saúde |
"Fica um indicativo de que nós precisamos adaptar as políticas públicas de saúde bucal às características da região Norte. São municípios de pequeno porte, com acesso diferenciado. A expectativa do ministério é que nós levemos equipamentos portáteis para atender as populações que ainda não têm acesso e expandir as equipes de saúde bucal. É uma região que requer um tratamento diferenciado", afirmou o coordenador nacional de Saúde Bucal, Gilberto Pucca.
A pesquisa também apontou o número de idosos que necessitam de prótese dentária. Atualmente, mais de 3 milhões de idosos precisam de prótese total, nas duas arcadas dentárias. Outros 4 milhões necessitam de prótese em apenas uma das arcadas.
"[Quanto a] esses milhões de idosos ainda sem acesso à prótese, o conjunto de laboratórios de próteses públicos já são capazes de produzir 500 mil por ano. E nada impede - pelo contrário, estimulamos - que os municípios possam credenciar laboratórios privados para que essa redução possa se dar em um período mais rápido", disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Segundo ele, é necessário avaliar a questão com uma "outra perspectiva". "Quando você pega décadas de abandono e descaso sem nenhuma política de um lado, e de outro lado você tem uma nova geração em que houve uma brutal redução da cárie dentária, o que aponta para o futuro é uma melhoria do quadro", declarou.
Metodologia
A Pesquisa Nacional de Saúde Bucal 2010 entrevistou 38 mil pessoas divididas em cinco grupos etários, originárias de 177 municípios, incluindo todas as capitais, Distrito Federal e 30 municípios do interior de cada região.
Outros dados do estudo apontam que o número de crianças que nunca tiveram cárie até os 12 anos de idade cresceu de 31% para 44%, o que significa que 1,4 milhão de crianças nessa idade não têm nenhum dente cariado atualmente.
Considerando essa mesma idade, a pesquisa aponta uma queda de 26% na média de cáries dentárias nessas crianças. A idade de 12 anos é usada como referência pela OMS porque é nela que a dentição permanente está praticamente completa.
Novo ministro
O ministro José Gomes Temporão afirmou que se reunirá na tarde desta terça (28) com seu substituto na pasta, o atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
"Vou estar repassando para ele toda a agenda, o livro de encargos, os problemas em curto prazo, e trocar algumas ideias. Ele também é um médico sanitarista, de boa formação, então acho que a saúde vai estar bem entregue nas mãos do ministro Padilha', disse. do G1
1 comentários:
Parabéns por sua postagem.
Falta pouco, muito pouco para 2011.
Que seja um ano de sucesso para todos nós.
Aguardo a visita de todos no Escrivaninha do Alê.
Até aproxima se Deus permitir!
Feliz 2011.
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