Segundo o fundador da Wikileaks, o procurador-geral dos EUA, Eric Holder, quer indiciá-lo como co-conspirador e está também pensando em acusá-lo de “pirataria informática” e “apoio ao terrorismo”. Para tanto, o governo Obama estaria tentando chegar a um acordo judicial com Bradley Manning, o oficial de inteligência de 23 anos que alegadamente teria fornecido centenas de milhares de documentos secretos do governo americano à Wikileaks.
Caso a sua extradição se venha a confirmar, Assange acredita que existe uma grande hipótese de ser assassinado “ao estilo Jack Ruby” – homem que matou Lee Harvey Oswald antes que este pudesse ser julgado pelo assassinato do presidente americano John F. Kennedy, em 1963 – no sistema prisional dos EUA.
Julian Assange considera, contudo, que David Cameron e Nick Clegg estão numa posição mais forte do que o governo anterior para resistir a um pedido de extradição por parte dos Estados Unidos. A palavra final sobre o seu destino, caso seja acusado de espionagem, estará nas mãos do primeiro-ministro inglês.
“Legalmente, o Reino Unido tem o direito de não extradição em caso de crimes políticos. Espionagem é o caso clássico de crimes políticos. Fica ao critério do governo do Reino Unido a aplicação dessa exceção”, adiantou Assange. Para o fundador da Wikileaks, “É tudo uma questão de política. Podemos presumir que haverá uma tentativa de influenciar a opinião política do Reino Unido, e influenciar a sua percepção enquanto ator moral”.
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