quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

América Latina lidera em otimismo de empresas, indica pesquisa

As empresas latino-americanas são as mais otimistas do mundo em relação ao comportamento da economia em 2011, segundo indica uma pesquisa divulgada nesta terça-feira pela companhia internacional de contabilidade Grant Thornton.

De acordo com a pesquisa, os empresários latino-americanos mostram um índice líquido de otimismo de 75%, em uma escala entre -100% (pessimismo total) e 100% (otimismo total).

As empresas chilenas são as mais otimistas com a economia em 2011, com um índice líquido de 95%. O Brasil, que aparece em 5º entre os 39 países pesquisados, é o segundo latino-americano com o maior índice de otimismo (79%).

As empresas da região da Ásia e Pacífico (excluindo o Japão), que no ano passado se mostravam as mais otimistas na pesquisa anual da Grant Thorton, neste ano aparecem em segundo lugar, com um índice de 50%.

A queda se explica pela redução do otimismo em países como a China (de 60% para 42%), a Austrália (de 79% para 37%) e a Nova Zelândia (de 66% para 35%).

Quando incluído o Japão, que tem o maior pessimismo entre os países pesquisados (-71%), o índice da região da Ásia e Pacífico cai para 5%, atrás da América do Norte (26%) e da Europa (22%).

Se considerados os países do grupo BRIC em conjunto (Brasil, Rússia, Índia e China), o índice de otimismo entre as empresas caiu de 60% para 54% no último ano, em contraste com o aumento de 2% para 22% entre os países da zona do euro.

Impulso brasileiro

Para o presidente executivo da Grant Thornton International, Ed Nusbaum, o foco nas economias emergentes têm sido concentrado nos últimos anos nos BRICs, mas a pesquisa mostra que a América Latina em geral também está em um bom caminho.

“Se a atual confiança das empresas se traduzir em crescimento generalizado e sustentado, a próxima década poderá ver a América Latina atingir seu potencial. Se a história econômica da última década foi sobre os BRICs, esses resultados sugerem que a próxima década será da América Latina”, afirmou.

Segundo ele, o sucesso da economia brasileira teve um grande impacto sobre a região, com a disseminação do otimismo entre os vizinhos.

“Também é impossível ignorar os efeitos dominó na região desde que o Brasil ganhou o direito de sediar a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. Esses eventos proverão um verdadeiro impulso econômico para toda a América Latina e o anúncio se traduziu sem dúvida em uma sensação de confiança e otimismo”, afirma.

Além do Chile e do Brasil, a pesquisa mostra um grande otimismo entre as empresas argentinas (70%, em 10º lugar no ranking) e mexicanas (64%, em 14º).

Maior otimismo

O otimismo das empresas brasileiras está em seu maior nível desde que o país começou a ser incluído na pesquisa, em 2007, quando o índice ficou em 47%. No ano passado o índice de otimismo das empresas brasileiras foi de 71%.

Dos dez países mais pessimistas, oito são europeus. Além do Japão, o mais pessimista da lista, apenas os Estados Unidos, com índice de 23%, aparece entre os últimos dez do ranking, em 31º lugar.

Espanha (índice -50%), Irlanda (-45%) e Grécia (-44%), que enfrentam graves crises econômicas e de confiança, aparecem logo acima do Japão na parte inferior do ranking, seguidos de Grã-Bretanha (8%), França (10%), Itália (13%) e Holanda (19%).

Entre os mais otimistas, após o Chile, aparecem Índia (93%), Filipinas (87%) e Suíça (85%).

A pesquisa da Grant Thornton ouviu 5.700 presidentes e diretores de empresas de médio e grande porte nos 39 países pesquisados entre novembro e dezembro do ano passado.

De BBC Brasil

1 comentários:

fernanda disse...

Gostei do Post! Já pensou em divulgar também no www.plik.com.br ?

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