Defesa argumenta que há um risco de Assange ser extraditado da Suécia para os EUA, o que violaria o artigo 3 da Convenção europeia sobre direitos humanos.
Um tribunal de Londres decidiu esta terça-feira que o pedido de extradição apresentado pela Suécia contra Julian Assange, fundador da WikiLeaks, por supostos crimes sexuais, será examinado a 7 e 8 de Fevereiro.
Assange disse estar muito contente com o resultado desta audiência, onde as condições da sua liberdade condicional foram alteradas, de forma a que ele possa dormir em Londres nos dias em que a sua extradição será decidida. O juiz decidiu que nas noites de 6 e 7 de Fevereiro, Assange poderá residir no Frontline Club de Londres, um clube de jornalistas fundado pelo seu amigo Vaughan Smith, que também é proprietário da casa de campo onde o porta-voz da WikiLeaks mora desde que lhe foi concedida liberdade condicional.
"O nosso trabalho com a WikiLeaks não diminuiu e estamos a ampliar a publicação de assuntos relacionados ao 'cablegate' e outros materiais", disse à porta do tribunal.
Os advogados de Assange anunciaram a intenção de esgotar todos os recursos para evitar a sua extradição para a Suécia. Eles contestam o pedido de extradição com base em vários argumentos:
– O procurador sueco não tem autoridade para emitir uma ordem de prisão europeia neste caso;
– Procura-se obter a extradição com um objetivo incorreto – interrogar, e não processar;
– Os crimes não são de extradição:
– O procurador sueco cometeu abusos, nomeadamente ter dito a imprensa que Assange é suspeito de violação, ter-se recusado a interrogá-lo nas datas em que Assange estava na Suécia e se disponibilizou, e a recusa de atender aos pedidos que as provas contra ele estivessem em inglês;
– Finalmente, a defesa argumenta que há um risco de Assange ser extraditado da Suécia para os EUA, o que violaria o artigo 3 da Convenção europeia sobre direitos humanos.
O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, confirmou recentemente que o departamento de Justiça procurava vias legais para processar Assange, a quem qualificou de "terrorista de alta tecnologia".
Em Abril, deve ser posta à venda a versão em inglês de um livro autobiográfico de Assange.
"Não queria escrever este livro, mas tenho de fazê-lo. Gastei umas 200.000 libras em custas legais e tenho que me defender, bem como garantir a sobrevivência da WikiLeaks", declarou.
Por Esquerda.net
2 comentários:
Parabéns por sua postagem.
Forte abraço.
Aguardo sua visita no Escrivaninha.
Até aproxima.
Fique com Deus.
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