O Big Brother Brasil, programa de baixarias e vilanias da TV Globo, causa cada vez mais rejeição e desconforto. Além da queda de audiência nestes primeiros dias da sua décima primeira edição, o BBB tem recebido críticas até das "estrelas globais" da própria emissora.
No final de janeiro, Jô Soares postou no seu twitter: "BBB = desligue a TV". Ao ser questionado sobre a sua dica, o apresentador, que está em férias, distante da direção da Rede Globo, ainda respondeu: "Liberdade de expressão. Eu falo do programa que eu quiser." Mas tentou evitar maiores danos. "Não estou incentivando ninguém a desligar a TV, desliga quem quer".
Um bando "sem graça"
Logo na sequência, Agnaldo Silva, autor de várias novelas da emissora, criticou o fato da transexual Adriana ter sido eliminada no primeiro paredão do programa. Ele escreveu no seu twitter: “Alguém falou e eu concordo: tirar Adriana do BBB é o mesmo que matar o protagonista da novela no primeiro capítulo. Fica sem graça!”.
O dramaturgo ainda esculhambou “aquele bando de homens com cara de quem não lava as partes há vários dias? Sem graça!”. E até aconselhou o diretor do programa: “Eu se fosse o Boninho virava a mesa, trazia a bicha de volta e, quando me perguntassem porquê, eu responderia: ‘por que quero, po**a’!”
"Eu não gosto mesmo"
Agora, no Jornal da Tarde desta segunda-feira (7), o ator José Wilker – que acumula um currículo de 55 novelas, 49 filmes e 30 peças – afirmou com todas as letras que o programa é entediante. Ele bateu duro na entrevista:
“Eu não gosto mesmo. Vi o Big Brother na casa de amigos. Aquilo me entedia um pouco. Na verdade, se trata de trabalhar com personagens pobres. E a coisa do dinheiro, em função de um comportamento, acaba nivelando as pessoas por baixo. Nada contra, mas eu não apostaria muito nisso”.
Campeão de baixarias na TV
Apesar das críticas "globais" e da baixa audiência - o BBB-11 amarga desde a estréia o pior índice da história do reality show –, a direção da Globo parece que não está disposta a mudar de rumo. O programa de baixarias, que explora os piores instintos humanos, ainda dá muito lucro à emissora.
Para seduzir novos telespectadores - a média das primeiras semanas do BBB alcançou 26 pontos no Ibope, abaixo dos 31 pontos registrados na décima edição, considerada a pior até então -, Boninho não vacila no jogo sujo.
O diretor tenta de tudo: paredão quádruplo com direito a duas eliminações de uma só vez; construção de uma casa de vidro num famoso shopping carioca para dar a chance de um dos cinco primeiros eliminados retornarem ao programa; e até a intervenção de Pedro Bial apelando para os participantes “curtirem a vida dentro da casa”. O BBB-11 entrará para a história como um dos programas mais abjetos da televisão brasileira.
Por Altamiro Borges, Blog do Miro
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