sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Famílias consomem 5,9% mais

Mola propulsora do PIB brasileiro, o consumo das famílias cresceu 5,9% no terceiro trimestre de 2010 comparado ao mesmo período do ano passado. Foi a 28ª alta trimestral consecutiva, conforme dados divulgados ontem pelo IBGE. No ano, até setembro, a elevação é de 6,9%. A manutenção do ritmo do consumo das famílias foi influenciada pelo aumento da renda: a massa salarial subiu 10,2%. Com mais dinheiro no bolso, os brasileiros foram às compras, movimentaram os serviços e a roda do crédito, que também cresceu em termos nominais (17,1%). A participação dos gastos das famílias, que chegaram a R$ 566,1 bilhões entre julho e setembro, é de quase 60% do PIB do país.

A tendência é de o consumo continuar robusto ao longo de 2011, apesar das recentes medidas do Banco Central para conter o crédito. O empresário Roque Pellizzaro Júnior, presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, prevê alta entre 6% e 7% no varejo no próximo ano. Para Carlos Thadeu de Freitas, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio, a força que vem dos gastos das famílias brasileiras será suficiente para manter o PIB crescendo de 4,5% a 5% em 2011. “A inadimplência está baixa e o endividamento, sob controle. Esse cenário só muda se o governo decidir elevar a taxa básica de juros no meio do caminho”, ponderou. Diante disso, ressaltou Eduardo Velho, economista-chefe da Corretora Prosper, “qualquer análise detalhada dos resultados do PIB do terceiro trimestre confirma o acerto da decisão do BC”.

Fartura
A aposentada Regina Rezende, 57 anos, começou as compras de Natal. Vai presentear filhos, netos, mãe e a nora. Ela foge dos parcelamentos. Compra tudo à vista. “Só gasto o que tenho na conta e me programo para sobrar dinheiro no fim do mês”, contou. Cautelosa, a aposentada abriu uma caderneta de poupança para não ser surpreendida pelas despesas do primeiro trimestre de 2011.

O casal Roberto Palma, 31, e Tatiana Patrici, 32, admite que 2010 foi muito favorável para o consumidor, por causa da boa oferta de crédito e dos prazos prolongados de pagamento. Agora, para não se endividar, será preciso fazer escolhas. “Se gastarmos mais de R$ 2 mil com presentes, não viajaremos”, comentou Roberto. Apesar da fartura, Tatiana poupou para os compromissos de 2011. “Ao longo do ano, a gente guardou parte do salário para não passar apuro”, disse ela. (Colaborou Luciano Pires)

IGP-DI SOBE 1,58%

» O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 1,58% em novembro, ante alta de 1,03% em outubro, registrando a maior variação desde junho de 2008 em razão da pressão de commodities e alimentos, segundo informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Analistas ouvidos pela agência Reuters previam elevação de 1,53%, segundo a mediana de respostas que ficaram entre 1,45% 1,58%. O economista da FGV Salomão Quadros destacou que pela primeira vez depois de 6 anos os IGPS vão encerrar o ano na casa de dois dígitos. “É da natureza do IGP ter altas e quedas mais vigorosas, mas na média dos últimos 5 anos ele está em linha com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)”, disse ele. No ano até novembro, o IGP-DI já acumulou alta de 10,75%. “No curto prazo não deve haver reversão dessa trajetória (de alta)”, disse Quadros.Correiio Braziliense

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